Guia para a Saúde da Mulher: exames, vacinas e mais!

A saúde da mulher requer uma atenção diferenciada, considerando as diferenças biológicas e fisiológicas próprias ao organismo feminino, a existência de algumas doenças que podem ser mais prevalentes nas mulheres em comparação aos homens, bem como as questões sociais e de gênero que influenciam diretamente no acesso e na qualidade do cuidado da saúde feminina.

Não é à toa que, de acordo com o Ministério da Saúde, além das questões ginecológicas, o bem-estar físico e a saúde mental e emocional, que muitas vezes são negligenciados, devem ser observados para que se possa promover o bem-estar completo das mulheres.

Pensando nisso, criamos este guia que considera desde os cuidados preventivos, como exames de rotina e vacinação, até questões mais complexas relacionadas à saúde da mulher. Confira!

Particularidades do organismo feminino e cuidados necessários

Uma das distinções mais marcantes do corpo feminino é o seu sistema reprodutivo complexo, que influencia não apenas a saúde ginecológica, mas também aspectos metabólicos, emocionais e físicos em geral. O ciclo menstrual, por exemplo, não se limita à reprodução e as flutuações hormonais que ocorrem durante esse período podem influenciar o humor.

Devido à menor densidade óssea e à perda acelerada de massa óssea com a chegada da menopausa, as mulheres apresentam maior predisposição à osteoporose, uma doença silenciosa que aumenta o risco de fraturas ósseas. Doenças cardiovasculares também manifestam sintomas diferentes e, muitas vezes, mais sutis em mulheres, reforçando a importância de manter um cuidado preventivo.

Apesar da complexidade, de forma resumida, podemos dizer que os cuidados com a alimentação, a prática regular de exercícios físicos, o monitoramento da saúde mental e a adesão aos programas de rastreamento para câncer de mama e de colo de útero são pontos cruciais para a promoção da saúde feminina.

Cuidados com a saúde mental e emocional

As mulheres correm um maior risco de desenvolverem depressão ao longo da vida e é claro que a importância dos cuidados com a saúde mental e emocional das mulheres reside nas peculiaridades de suas experiências ao longo da vida, incluindo as oscilações hormonais inerentes a períodos como menstruação, gravidez e menopausa, além dos múltiplos papéis que desempenham.

Essas circunstâncias podem predispor ao aumento da incidência de transtornos como a depressão, a ansiedade e o estresse. Para mitigar esses riscos, é essencial adotar medidas práticas como o desenvolvimento do autoconhecimento, o estabelecimento de uma rede de apoio eficaz que inclua suporte emocional de amigos, familiares e profissionais de saúde mental, a prática regular de exercícios físicos e técnicas de relaxamento.

Ao mesmo tempo, vale lembrar que a saúde mental das mulheres é totalmente influenciada pelo acesso a direitos básicos, tais como educação de qualidade, emprego digno, saúde reprodutiva e proteção contra violência e discriminação e que a privação de qualquer um desses direitos fundamentais pode levar a um aumento significativo no risco de desenvolvimento de transtornos mentais.

Portanto, assegurar o acesso das mulheres a esses direitos básicos não é apenas uma questão de justiça social, mas também uma necessidade premente para a promoção de sua saúde mental e bem-estar geral.

A terapia psicológica, acompanhamento psiquiátrico quando necessário e intervenções focadas no bem-estar emocional também são importantes para promover a saúde mental das mulheres e, consequentemente, uma vida mais equilibrada.

Cuidados com a saúde sexual e reprodutiva

Por mais que algumas pessoas tenham uma ideia distorcida do que é a educação sexual, este ponto é, na verdade, muito importante para homens e mulheres. Quando falamos sobre o sexo feminino, é importante que mulheres recebam informações sobre o seu corpo, sobre menstruação, relações sexuais, consentimento, prevenção de infecções sexualmente transmissíveis (IST) e métodos contraceptivos, por exemplo.

A educação sexual é importante não apenas porque ajuda na prevenção de IST e gravidezes não planejadas, mas também para que a mulher entenda e tenha poder sobre as decisões relacionadas ao seu corpo, uma vez que essas também impactam na saúde mental e na saúde física como um todo.

Nesse contexto, vale destacar também a vacina contra o HPV, que previne contra a infecção pelo papilomavírus humano, responsável por uma parcela significativa dos casos de câncer de colo do útero.

Quando a mulher atinge a idade fértil, é fundamental que ela faça consultas regulares com um ginecologista e que tenha acesso a métodos contraceptivos. Caso engravide, o acompanhamento médico é ainda mais importante para monitorar a saúde da mãe e do bebê, identificar riscos potenciais e orientar sobre nutrição e hábitos saudáveis.

Já na fase da menopausa, as mulheres devem ser conscientizadas sobre o aumento do risco de osteoporose e doenças cardiovasculares e sobre a importância de manter um estilo de vida saudável, com dieta balanceada e exercícios físicos regulares.

Cuidados com o bem-estar físico em geral

Todas as questões mencionadas acima se relacionam com o bem-estar físico das mulheres, uma vez que visam não apenas a prevenção de doenças, mas também a promoção de uma vida saudável e plena.

No entanto, vale reforçar a importância do cuidado com a saúde atrelado à realização regular de consultas médicas, exames preventivos e a imunização através das vacinas. Sabemos que nem sempre é fácil encontrar tempo para marcar consultas, mas, pelo menos uma vez ao ano, é importante fazer uma consulta preventiva, ou o chamado “check-up” anual.

Confira abaixo quais exames e vacinas são importantes para a saúde feminina.

Principais exames de rotina para as mulheres

Os chamados exames de rotina são fundamentais para o diagnóstico precoce e a prevenção de diversas doenças, não apenas nas mulheres.

Como mencionado, o ideal é que sejam realizadas consultas médicas regulares, em geral, uma vez por ano, para avaliação de saúde e identificação de fatores de risco. A partir dessa avaliação, o médico poderá solicitar os exames de rotina necessários, cuja periodicidade pode variar de acordo com o estado de saúde e faixa etária. Alguns dos exames de rotina que geralmente são solicitados incluem:

  • Exame de Papanicolau (colpocitologia): realizado para o rastreamento do câncer de colo do útero. O Ministério da Saúde do Brasil recomenda que esse exame seja feito, como rastreamento, nas mulheres de 25 a 64 anos de idade, que já iniciaram vida sexual.

  • Mamografia: essencial para a detecção precoce do câncer de mama, pode identificar microcalcificações e alterações mamárias antes mesmo de serem palpáveis. Nas mulheres que não possuem risco aumentado para câncer de mama, é recomendada anualmente a partir dos 40 anos de idade.

  • Densitometria óssea: avalia a densidade mineral dos ossos e é crucial para a detecção precoce da osteopenia e osteoporose. Está indicada para todas as mulheres com mais de 65 anos de idade ou naquelas que se encontram na pós-menopausa ou na transição menopausal com risco de fraturas ósseas, além de outras indicações.

  • Exame de sangue: incluem hemograma completo, para verificar se tem anemia, por exemplo, dosagens dos níveis de glicemia para diabetes, colesterol total e frações para avaliar risco cardiovascular, função tireoidiana, além de dosagens hormonais.

  • Ultrassonografia transvaginal: fornece imagens dos órgãos reprodutivos internos, como útero e ovários, ajudando na detecção de cistos, leiomionas e outras condições.

  • Teste de HPV: identifica a presença do Papilomavírus Humano, um dos principais causadores do câncer de colo de útero, permitindo a adoção de medidas preventivas. Pode ser utilizado como opção ou em conjunto ao Papanicolau para o rastreamento do câncer de colo do útero. Ecocardiograma: embora não seja sempre parte do check-up anual padrão, é importante para avaliar a saúde do coração, especialmente para mulheres com risco ou histórico de doenças cardíacas. Esse exame usa ondas sonoras para criar imagens do coração, permitindo avaliar a estrutura e função cardíacas.

Principais vacinas para as mulheres

Assim como a realização de exames, a imunização também é indispensável para a promoção da saúde feminina.

As vacinas protegem contra diversas doenças e suas complicações, promovendo uma vida mais saudável e segura.

Algumas das vacinas indispensáveis para as mulheres são:

  • Vacina contra o HPV (Papilomavírus humano): previne contra os tipos de HPV que mais frequentemente causam câncer de colo do útero, ânus, vulva e vagina, além das verrugas genitais. É especialmente recomendada para mulheres jovens, mas pode beneficiar faixas etárias mais amplas. Pode ser aplicada em meninas e mulheres de 9 a 45 anos de idade.

  • Vacina contra hepatite B: protege contra a hepatite B, uma infecção hepática que pode levar a complicações graves como cirrose e câncer de fígado. É importante para todas as mulheres, especialmente aquelas com maior risco de exposição. Também é recomendada na gestação em mulheres que não foram anteriormente vacinadas.

  • Vacina contra a gripe (Influenza): recomendada anualmente para proteger contra os vírus da gripe mais comuns na temporada. É crucial para prevenir complicações graves da gripe, especialmente em mulheres grávidas e aquelas com condições de saúde subjacentes.

  • Vacina tríplice bacteriana acelular do tipo adulto - dTpa (difteria, tétano e coqueluche): a vacina dTpa é importante para proteger contra essas três doenças. A vacinação contra coqueluche é particularmente importante para mulheres grávidas, para proteger a gestante e evitar a transmissão para recém-nascido.

  • Vacina contra varicela (catapora): indicada para prevenção da infecção pelo vírus da varicela-zóster. A imunização também reduz a gravidade da doença e o risco de transmissão.

  • Vacina contra herpes-zóster: previne contra o herpes-zóster e suas complicações, principalmente a neuralgia pós-herpética. Deve ser realizada de rotina a partir de 50 anos e está indicada mesmo nos indivíduos que já desenvolveram a doença.

  • Vacina contra o sarampo, caxumba e rubéola (SCR): essencial para prevenir essas doenças virais. A rubéola é especialmente perigosa durante a gravidez, podendo causar a síndrome da rubéola congênita no feto.

  • Vacina contra meningite: protege contra meningite e infecções invasivas causadas pelos meningococos dos tipos B ou A, C, W e Y. Recomendada para mulheres em grupos de risco para aquisição da doença, como portadores de anemia falciforma, imunossuprimidos, entre outros, bem como em situações de epidemia ou viagens para locais de maior risco.

  • Vacina contra o pneumococo: protege contra doença invasiva e sepse, pneumonia, meningite e otite causadas pelos sorotipos da bactéria Streptococcus pneumoniae incluídos na vacina. Pode ser aplicada em diferentes faixas etárias, mas é recomendada especialmente para mulheres com 65 anos ou mais e para aquelas com condições de saúde específicas que aumentam o risco de doença pneumocócica.

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29/04/24

29 de abril de 2024

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